quarta-feira, 6 de novembro de 2013

SOSSEGAI! OH! MAR REVOLTO...

Texto de Inajá Martins de Almeida
através do texto Marcos 35-41


“Passemos para a outra margem”.

Surpreendo-me com palavras soltas. Vezes há em que me observo tempo prolongado a esmiuçar única palavra. Quedo-me em conjeturas. E volta-me em pensamento Fernando Pessoa e encanta-me:

“Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma”.

Eis que “passemos”, detém-me. Absorve meus sentidos. Estanco. Rendo-me. Extasio-me. Procuro por significados. Eles me quedam ainda mais em pensar:

– Atravessar. Transpor. Deixar atrás.

Mais além:

– Mudar de situação. Mudar de lugar. Ir mais longe. Não ser permanente.

Aqui é ao dicionário que me rendo – não ser permanente – e posso por breve instante filosofar, quando:  

Se permanecer nos remete a permanência sem interrupção nem mudança, logo o não ser permanente nos remete às mudanças. Portanto... – “Passemos”.

Seja o que for...  – “há que passar...”

 Jesus ensinava através de parábolas. O entendimento era tal que podiam entender. Era à multidão que se dirigia. Jesus passava... Grande multidão O seguia.

Eis a questão!

No barco os discípulos. Em particular, eram instruídos.

Eis que se fizera tarde. À multidão o alimento fora compartilhado. Restava a “outra margem”. Entrar no barco – assim como estava. Assim como estavam.

Jesus dormia. Grande tempestade se levanta. Ventos fortes inflamam as ondas. Barcos arremessam-se desnorteados sobre as águas revoltas. Tempestade avassaladora a encher de pânico e terror seus convivas.

Jesus é advertido pelos tripulantes:

– “Não te importa que pereçamos?”

Há pouco grande multidão. Parábolas. O ensinamento em particular. Agora o momento de colocar em prática. Marchar contra as forças espirituais. Fazer valer a fé...

– “E o meu justo viverá pela fé”.

Convencidos estavam ante as palavras de Jesus. Grande multidão. O caminhar com aquele que exercia grande poder e fascínio. Os holofotes. O palco. Deslumbrantes sinais.  Todavia, não convertidos ante as Palavras de que a eles fora dado o direito, em Seu Nome, aquietar mar revolto; os bastidores provocavam temor. A timidez os acanhava.

– “Acalma-te, emudece!”.  

Jesus estava no barco. Eles possuídos de grande temor se entreolhavam, buscavam entender:

– “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?”

Foram chamados a pescar almas – obedeceram. Foram convidados a caminhar com aquele homem – caminharam. Foram convidados a passar para outra margem – passaram. Mas, a velha criatura ainda os acompanhava. Era-lhes necessário nascer das Águas.

Caminhavam com Jesus. Não O conheciam...

E a nós...?

Jesus encontra-se em nosso barco? Jesus em nosso barco nos faz repousar? Quando as águas quiserem nos sufocar, podemos a elas dizer:
– sossegai? Se ondas revoltas do mar, trevas tenebrosas nos céus, vierem nos levar ao desespero e pavor, podemos adentrar nosso interior e declarar: – sossegai?

Passemos. Não estanquemos ante as tempestades que nos advém. Jesus nos alertou das tais: –


“No mundo tereis aflições... “.

“Acalma-te! Emudece!”.

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Nesse domingo - 03/11/2013 - era a Igreja do Nazareno em São Carlos que adentrava.
O louvor aquietava minh'alma. Falava profundamente em meu coração. Dava-me alento. Sossegava meu ser em mar revolto. 
As palavras do pastor Nivaldo vieram então me levar a outra margem sabendo que Jesus está no barco e que a tempestade vem, mas ela se aquieta ao som de seu - Acalma-te... 

Inajá Martins de Almeida

Igreja do Nazareno no Facebook
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Mary Ann Baker, a autora deste lindo hino nasceu em 16 de setembro de 1831. A tuberculose ceifou a vida dos seus pais e deixou-a órfã em tenra idade. Moravam em Chicago com a irmã e o irmão...

acompanhe texto e coral com a música Sossegai. Lindíssima mensagem...


http://www.youtube.com/watch?v=pwF-TGT-S8s

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