segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O CANTAR DO GALO


Algumas reflexões sobre os textos bíblicos e uma tese
Por Inajá Martins de Almeida

Templo de Israel à frente - Fortaleza Antonia ao fundo à direita
Instigou-me sobremaneira a proposição do prof. Enzo, em sala de aula, quanto ao significado do cantar do galo na negação de Pedro.

Confesso que essa questão sempre estivera presente em meus pensamentos de forma interrogatória. Agora interrogativa.

No primeiro momento, vali-me da releitura dos textos. Abstraí questões, despercebidas em leituras anteriores. Imediatamente aventurei-me às linhas.

Apontamentos começaram alinhavar retalhos de palavras, do texto ao contexto. Ovelhas. Rebanho. Esta noite. Vigília. Seguir de longe. Aquecer ao fogo.  Na calada da noite. O escandalizar. O negar. O sono pesado. O despertar. O choro. O cantar do galo. O ressoar. Outros mais. 

Às mãos, faltavam-me bibliografias. Porém, a internet - a galáxia cibernética – me encaminharia à tese. Entretecia ali um ponto. Um argumento. Uma vista abria-se à outras vistas. 

“A verdade sobre o “Canto do Galo” no episódio da Negação de Pedro” – estudo do teólogo e pastor Carlos Augusto Vailatti - a partir de então iria ocupar minhas noites de sono. Pontuar retalhos. Alinhavar palavras. E me alegrava ante o universo das descobertas. “Conservar crenças”. “Temer interpretações”... Era o texto que me chamava. Ao texto adentrava. O contexto complementava. 

A “interpretação alternativa”. Os “elementos linguísticos, contextuais, culturais e históricos” aguçavam minha mente. Logo os registros se fariam necessários.

MATEUS 26:34
MARCOS 14:30
LUCAS 22:34
JOÃO 13:38

Disse-lhe Jesus: em verdade te digo que nesta noite, antes do galo cantar, três vezes me negarás

E lhe diz Jesus: Em verdade te digo que tu, hoje, nesta noite, antes de duas vezes (o) galo cantar, três vezes me negarás

Mas ele disse: digo-te, Pedro, não cantará hoje (o) galo até que três vezes negues me conhecer

Responde Jesus: a tua vida por mim darás? Em verdade, em verdade te digo, de modo nenhum (o) galo cantará até que negarás a mim três vezes.


Do texto, pontuava os tópicos à minha inteligibilidade. Transcrevia tópicos.

1)    Todos os Evangelhos são unânimes à tripla negação
2)    O termo “Nesta noite” aparece em Mateus e Marcos
3)    O adjetivo adverbial de tempo - “Hoje” –  aparece em Marcos e Lucas
4)    Detalhes da tripla negação  - Antes do cantar – em Marcos
5)    Esclarecimento sobre o significado da negação - ...”negues me conhecer” – Lucas
6)    Pedro é questionado : “A tua vida por mim darás?” – somente em João
7)    Variações verbais

O “lugar” onde Pedro se encontrava. “O cantar do galo” me enredava mais e mais ao estudo. Fantástica viagem!

À dissertação em tela, enumerada era de forma sucinta ao texto original:

1)      A casa do “Sumo Sacerdote estava no centro de Jerusalém”, para poder demonstrar a inexistência de galinheiros naquela localidade.

clique sobre a imagem

2)      Divisão do dia em período de três em três horas sendo:
- primeira vigília das 18 às 21 horas – termo também abreviado pelos judeus por “tarde”
- segunda vigília das 21 à meia noite – pelos judeus “meia noite”
- terceira vigília da meia noite às 3 horas –  “canto do galo” expressando o final da 3ª vigília
- quarta vigília das 3 às 6 horas – “de manhã”

3)      Uso de latinismos – expressões latinas – utilizada pelos romanos
- primum gallicinium – primeiro toque da trombeta – período entre a meia noite e 3 horas da   madrugada
- secundum gallicinium – segundo toque da trombeta – período entre as 3 da madrugada e 6 horas da manhã (o primeiro e segundo toques de trombetas emitidos na fortaleza Antonia)
- “gallicinium” – cantar do galo

4)      Emprego de palavras em grego tal qual - foneo – ressoar

E compactuava a tese do autor e também me perguntava:


clique sobre a imagem

 Poderia então o “galo cantar”, ou a “trombeta ressoar”? Teríamos a compreensão literal ou metafórica do texto?

Percebia que a tese não engessava o pensamento. A interrogação vislumbrava pontos. Linhas convidavam ao embarque. Podíamos viajar. Era o momento em que minha imaginação buscava as linhas em alinhavos de palavras quando...

Jesus alertara Pedro e os discípulos.

“Esta noite todos vós vos escandalizareis de mim porque está escrito: ferirei o pastor e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas...  (Mt 26:31-35)

Pedro e os demais questionavam o não negar. O não se escandalizar. Não foi o que percebemos do texto. Uma. Duas. Três. Poderia ser também o alerta para os tempos atuais? Você conhece esse homem?

Independente da resposta, Jesus sabia. Jesus sempre sabe. 

Três vezes alertados à vigília, pesado e profundo sono os abateria. E voltariam a dormir. Agora, aquecido à fogueira, sua alma se entristecia à morte. 


Lampejos de palavras. Alertas. O sono pesado. A vigília não suportada. O galo a cantar por duas vezes. Três vezes o negar. E o galo cantou? Ou a trombeta soou?... Ressoou?...

Eram as ovelhas que ainda “esta noite” – durante a vigília – estariam sem Pastor. O rebanho quem, sabe se faria disperso. À distância Pedro – de longe – temeroso, assustado, seguia aquele que jurara jamais abandonar. Jamais se escandalizar. Jamais O deixar de amar. Aquecido ao fogo. Na calada da noite. À distância - observava. E O negava. E chorava.

Lembram os retalhos de palavras alinhavados? Ou continuamos a dormir sob pesado sono? Vamos despertar “o choro” da nossa consciência?

Pois, se o “ressoar do galo” na fortaleza Antonia ou “o cantar do galo” na casa do sumo sacerdote provocaram inquietações, não podemos afirmar. O que não podemos negar é que Ele bate à porta. Chama-nos pelo nome. Dá-nos a oportunidade de sermos novas criaturas. Basta apenas que estejamos despertos.

Então, busquemos e perseveremos em segui-lO de perto. Pedro, com certeza foi desperto. Pelo “cantar do galo”? Pela “trombeta”? Pela própria consciência? Pelo amor que jurara ao Mestre? Pelo compromisso do Caminho? Jamais o saberemos. Mas é Pedro que vamos encontrar ao lado do Mestre ressuscitado. É Pedro que nos dá grandes lições no derramar do Espírito, independentemente do cantar do galo ou do ressoar da trombeta.

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Observações: 
  • O texto em tela fora estruturado a partir de apontamentos em sala de aula pela subscritora - curso de Teologia ministrado pelo professor Enzo Canavesi Luizetto
  • A tese do Pastor Carlos Augusto Vailatti fora estudada e abstraído tópicos conforme apontados
  • O texto fora composto numa linguagem literária para compor a linguagem e estilo da autora

Referências:
BLOG CARLOS AUGUSTO VAILATTI

ARTIGO TEOLÓGICO CARLOS AUGUSTO VAILATTI
http://www.artigocientifico.com.br/uploads/artc_1307101231_74.pdf

Alguns links interessantes para complementar:

A SÍNDROME DO CANTO DO GALO - Pr. Elienai Cabral - livro
http://www.erdos.com.br/produto/132/1546/a-sindrome-do-canto-do-galo

A SÍNDROME DO CANTO DO GALO - Pr. Alexandre Augusto - artigo
http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_19037/artigo_sobre_a_s%C3%8Dndrome_do_canto_do_galo

domingo, 18 de novembro de 2012

TRÊS HISTÓRIAS, UM DESTINO - R.R.Soares

O livo - leitura edificante. 

Três histórias, um destino, confundem-se com nossas próprias vidas.
Nossos anseios.
Nossas buscas constantes.
Nossos desvios.
Nossos caminhos tortuosos até encontrarmos o destino que nos leva a verdade. A felicidade plena.


O filme - traz um jogo de fotografias delicadas. 
Cores vibrantes. Música tênue. Bom gosto. Boa direção. Enternece. Supera as expectativas. Simplesmente maravilhoso. 


Livro e filme se tornam essenciais nos dias de hoje.
Parabéns aos idealizadores. Aos artistas. A toda direção.
Quem ganha somos nós, leitores e expectadores.
O trailer dá uma pequena mostra das palavras alinhavadas.   

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Em entrevista a Folha RR.Soares fala do filme ‘Três Histórias, Um Destino’

Romildo Ribeiro Soares, 64, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus e mais conhecido como R.R. Soares, comemora o sucesso de público de “Três Histórias, Um Destino”, filme baseado em seu livro homônimo que chegou aos cinemas do país no último dia 2.    acompanhe a matéria
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comentários e postagem de Inajá Martins de Almeida

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

QUEBRADA POR TI

Texto de Inajá Martins de Almeida
ao som de Beethoven - Pour Elise


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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

TEMPOS DIFÍCEIS


Em meus questionamentos, passo a perceber que a humanidade, em toda sua história, jamais presenciara momentos tão confortáveis. Porém, em meio a tantas benesses que a era atual possa proporcionar, jamais em tempo algum se viu tanta doença, tanta falta de fé, de esperança, de amor, de perspectiva de vida. 

Contra senso? 

Universo informacional adentra lares. Tecnologia compactua benefícios incontáveis. Informação disseminada através da galáxia internet, em tempo real, pode ser compartilhada num simples toque de dedos. Redes conectadas a fios cibernéticos, tornam corpos inertes, ante uma tela fria. Viajantes anônimos.

Estudos. Pesquisas. Vasto conhecimento gerado através dos anos, séculos e milênios, faz parte da biblioteca universal conectada a fios, numa rede incontrolável e interminável, a qual pode proporcionar ganho de tempo. Ainda assim, muitos alegam a falta de tal. O cansaço para a leitura. O despreparo para a escrita.

Computadores de última geração, abreviando espaço e tempo ante a comunicação, conta bancária favorável, trabalho facilitado pelas máquinas, na maioria das vezes não bastam para proporcionar satisfação plena.

A casa confortável. O carro do ano anterior, já passa a ser menosprezado, ante o último lançamento. Sapatos, bolsas, roupas, celulares, rapidamente alimentam o consumismo exacerbado, mas a satisfação está aquém do desejável. Rostos tristes podem ser encontrados nas ruas, nos lares, nas casas noturnas, até nas igrejas.

Envereda-se pela senda tortuosa do ter. Traz-se ao primeiro plano o que se julga urgente e necessário – coisas que se podem adquirir e que, supostamente, julga-se trazer satisfação. O ser – a construção da pessoa, do caráter - é trocado, largamente banalizado, relegado a outros momentos. 

Seria o cumprimento de uma das profecias? O deus deste mundo tem obstruído o entendimento para cegar a visão espiritual?

A ciência se multiplica. O amor de muitos se esfria. Em contrapartida, ainda se pode encontrar velhos a sonhar. Jovens visionários a se transformarem ante a indignação das ações deste século. Vasos que se deixam moldar pelas mãos do oleiro.

Quem sabe sobre tempos difíceis? Quem pode responder sobre oportunidade para o crescimento? 

Portas largas que convidam ao prazer, ao engano do ganho rápido e fácil? 

Portas estreitas que se abrem àquele que se encontra fraco à colaborar para o ser forte?

Tempos difíceis. O justo florescerá como a palmeira, sabedor de que o assentar-se à roda dos escarnecedores lhe rouba a bem aventurança. No esconderijo do Altíssimo o descanso se opera, à sombra do Onipotente. 

O bordão e o cajado tornam-se sustentáculos em tempos difíceis. Convidam-nos à aplicação da leitura. Insista. Persista. 


terça-feira, 3 de abril de 2012

ESCALAR ÁRVORES OU SENTAR NOS RAMOS - Max Lucado

José estava sentado firmemente no seu galho na árvore. Este era grosso, confiável e perfeito para servir de assento. Era tão forte que não tremia com as tempestades, nem se agitava quando os ventos sopravam. Aquele ramo era previsível e sólido e José não tinha intenção de deixá-lo.

Isso até que lhe ordenaram que subisse num outro ramo.

Talvez mudanças estejam justamente no ar agora. Talvez você esteja em meio a uma decisão. É difícil, não é mesmo? Você gosta do seu ramo. Acostumou-se com ele e ele com você. Da mesma forma que José, você aprendeu a sentar. Você ouve então o chamado. 

"Preciso que suba em outro ramo e

  • Tome uma posição
  • Mude
  • Perdoe. Não importa quem feriu quem primeiro. O que importa é que você construa a ponte."
  • Evangelize.
  • Sacrifique

Você já foi chamado a aventurar-se por Deus? Fique certo de que não vai ser fácil. Subir em galhos nunca foi fácil. Pergunte a José. Ou, melhor ainda, pergunte a Jesus.

leia todo o texto

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quarta-feira, 28 de março de 2012

RECONTE-A : ESTA PODE SER NOSSA HISTÓRIA

Texto de Inajá Martins de Almeida sob o tema de João 5:1-18

Madrugada! Aqui estou. Como aquele paralítico – que João nos narra. Prostrada! ...  Prostrada às adversidades. Quantas a questionar. Quantas a clamar respostas. Silente, inerte, anestesiada, ante as águas que se revolvem em tremenda agitação. Apenas aguardo. Prostrada. Madrugada a dentro.

Por diversas vezes o assunto viera-me ao encontro. Desta vez, porém, algo me detém demoradamente. As palavras ressoam ao pronunciá-las em voz alta. Reconte-a! Um grito latente em meu interior. Mas, como eu poderia reconta-las a meu modo, segundo meu entendimento? O entendimento que me sobreviera quando desta releitura? Simplesmente reconte-a. E retomava meu sentido.

Rememorei então minhas observações – linhas alinhavadas de que uma leitura pode nos levar a outras tantas e nos fazer co-autores de uma frase, de um texto, de um livro. Que ao fecharmos um livro o mesmo acontece em nossa mente. Eram as linhas que saiam do universo do autor para ocupar o espaço aberto do leitor.

Ademais, uma história há que ser vista sob nosso ponto de vista, como nos diz Leonardo Boff. Poderíamos assim, reconta-la de formas várias, conforme nossa visão. Era o autor compactuando e interagindo com o leitor. Agora autor. 

Sim. Tinha pleno conhecimento de que leitura tem essa magia de nos transportar a cenários vários. Tecer nossas linhas através de buquês de letras. Abrir janelas a horizontes infindáveis. Tirar-nos do simples quadrado. Tornar-nos partícipes da obra. Entretecia ali uma linha que me levava além das linhas. Mas... Recontá-las?

O texto que detinha nas mãos, alertava que aquela poderia ser a nossa história. Aí sim! O que parecia ser uma noite como outras tantas, transforma-se numa verdadeira batalha. O sono foge-me madrugada adentro cedendo lugar às minhas conjeturas. Estava eu, tal qual o paralítico, a mirar as águas. Prostrada.

Acostumara-me às situações adversas. Aguardando pelo momento certo, os anos passaram. E continuariam a passar não fora aquela voz que agitava minha água interior. Reconte-a! Transforme a tua história.

Prostrado em sua maca, paralítico, quem sabe do físico ou da alma, ou até mesmo ambos, aguardava uma mão amiga que lhe proporcionasse sustentação. Uma forte mão que o encorajasse a descer às águas do entendimento e se libertar das amarras da paralisia. 


Não se conhece sua oração. Suas horas de jejum não são computadas ao menos informadas. Entrega de sacrifícios em holocausto ao menos é citado. Envelopes não lhe são entregues. Não se conta sobre seu clamor. Apenas que prostrado, aguardava.

Eis que sábado, próximo aquele vale de sofrimento uma festa. Grande multidão para lá se dirigia. Mal se dava conta daquele cenário horripilante, tenebroso, de lágrimas e sofrimento. A festa cegara aquela multidão ao entendimento. Alguma semelhança aos dias atuais?

Porém, um caminhante. Não um simples caminhante. Mas um homem. O filho do homem. Senhor até do sábado. Um homem que escandalizava religiosos ao quebrar costumes. Ao conclamar que o Pai trabalhava todos os dias e a ele lhe fora dada incumbência tal. 


Um homem que caminhava. Que maravilhava. Que amava. Que ensinava. Que curava. Que chorava. Que se entregava às últimas consequências para que tivéssemos vida em abundância. Que nos legava o fazer coisas melhores do que as que fazia. Um homem que se importava com uma ovelha perdida. Um homem que caminhava. Um homem que nos mostrava o caminho a caminhar. Um homem presente no presente – Eu Sou o Caminho. E ponto final.

– Queres ficar são? Brada ao paralítico em Betesda.

Perplexo ante o suave daquela voz a sua frente, sente o homem prostrado em seu leito de dor o tempo transcorrido, contados em trinta e oito anos, com a perspectiva de se alongarem mais, pois mão alguma ali, o auxiliava, não fora aquela vinda ao seu socorro silencioso. Caminhante conhecia o íntimo do seu interior. Seu coração estava exposto em sua dor contínua.

Mas! Os obstáculos se agigantam ante um enunciado – queres ficar são? Recursos, tantos, empenhados em vão. Os amigos próximos já nem mais se preocupavam com aquela longa e penosa situação. A pouca fé estava por esmorecer-lhe os ânimos. Como aquele estranho poderia resolver em poucos segundos o que uma vida não o conseguira? Possível? Não aos olhos humanos. Para aquele homem incomum - possível sim.

Afinal, quem era aquele que lhe pedia para que se levantasse, tomasse sua cama e andasse?

Não poderia almejar paralítico, que a sua frente estivesse aquele que detinha o poder de andar sobre as águas. Aquele que pedia ao morto que saísse de sua catacumba e caminhasse para fora. Aquele que curava coxo. Dava visão ao cego. Envergonhava apedrejadores. Abria-lhes o entendimento para deixar expostas suas vergonhas maiores, ante a adúltera lançada às pedras vorazes. Acalmava o mar revolto. Multiplicava pães e peixes. Transformava água em vinho.

Paralítico não detinha tais informações. Mas, quem sabe movido por força interior, pelo entendimento que lhe é dado, miraculosamente, levanta-se, toma seu leito e ao templo se dirige, agora caminhando.

Ele poderia, como os passantes, dirigir-se a festa em Jerusalém, mas optou pelo templo. E é lá que o caminhante o encontra.

A cura física lhe fora permitida. Faltava-lhe, contudo, a cura da alma. Um perdão não liberado. Uma mágoa encravada no âmago. Um pecado inconfesso. Quem sabe?

Estava são. Faltava-lhe a não incidência do pecado – vai e não peques mais. Coisas piores poderiam advir de atos impensados era a recomendação.

Agora ele sabia quem lhe falara. E se maravilhava. E se alegrava. E a todos O anunciava. Era Jesus que o curara. Saíra do seu leito de dor para propagar sua cura e ser partícipe na cura de outros tantos – era o que se esperava. Era o que lhe fora proposto. Ali não percebemos um ponto final, mas a reticências, quando sua atitude o leva ao templo e passa a conclamar Jesus. Sem lastros. Sem reservas.

Alma lavada. Não mais perplexa. Não mais prostrada. Sabia que Jesus não enganara a ninguém. Antes, alertara de que no mundo teríamos aflições, mas levava-nos ao exercício do ânimo, posto que vencera a este. Nós também venceríamos.

Longa madrugada. Estende-se pela radiosa manhã ensolarada - lá fora e cá dentro. Dia especial. Presente de aniversário - 27 de março de 2012. Fora-me permitido sair de Betesda ao encontro com Jesus, no Templo.

Reconte-a. É possível. Esta pode ser a sua história também.
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Eu te agradeço Deus por ter mudado minha história!

quarta-feira, 7 de março de 2012

NÃO DESISTA DOS SEUS SONHOS

Artigo do Pastor Elioenay de Figueiredo Matos


Em nosso cotidiano a vida passa tão depressa, que não paramos um minuto para sonharmos, pois deixamos de acreditar que o sonho pode um dia, ou seja, em futuro próximo se tornar uma realidade. Por perder a esperança no curso do caminho que traçamos para nossas vidas, simplesmente deixamos de lado tudo o que tínhamos sonhado e acreditado por conta de tantas dificuldades que nos sobreveio e no decorrer do tempo até pensamos que estes projetos se perderam, foi apenas como um vento que passou e nunca mais vai voltar e, portanto  não adianta mais insistir , pois não há mais nenhuma esperança e que certamente os nossos sonhos, jamais se tornará realidade.
 Vejamos então, que a palavra sonho no hebraico quer dizer ( halam) ou seja o Senhor nós dá sinais ou Deus nos fala de coisa futuras. Para o povo de Israel, o sonho era demasiadamente importante e sagrado, pois é a revelação divina para os homens, não só na cultura judaica, mas em outras nações pagãs era tão importante o sonho que o líder da nação ao sonhar queria saber qual era o significado do que havia sonhado por entender que era um aviso dos deuses para os homens.
Temos um exemplo cristalino de homens que sonharam como Faráo relatado em Gênesis cap. 41. 1-8  e o rei Nabucodonosor no livro de Daniel cap. 2. verso 1-9  que  procuraram homens sábios que pudessem interpretar os seus sonhos para saber qual era o significado dos sonhos para que a vontade dos deuses fosse cumpridos.
No livro de Joel cap. 2 verso 28 descreve que os velhos sonharão e os jovens terão visão, então a revelação de Deus era manifesta também através dos sonhos ficando evidente então que o Senhor se revelava aos seus servos por meio dos sonhos e não somente por profecias ou pelos sacerdotes que era a ponte entre Deus e os homens. Diante disto, os sonhos do coração de Deus para os nossos corações certamente vai acontecer, basta tão somente sonhar junto com Ele, que no tempo determinado irá se concretizar os sonhos de Deus para nossas vidas. O produtor cinematográfico Walt Disney revolucionou em sua época o cinema com as suas idéias e sonhos que pareciam ser impossíveis de se realizarem, mas, contudo se realizou e mudou à história da indústria cinematográfica e ao ser entrevistado por um repórter como tornou realidade os seus sonhos, ele disse: "Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade".continue lendo

domingo, 4 de março de 2012

RESSUSCITA-ME - Aline Barros


captura e montagem e tela : Inajá Martins de Almeida (04/03/2012)





Mestre, eu preciso de um milagre
Transforma minha vida meu estado
Faz tempo que eu não vejo a luz do dia
Estão tentando sepultar minha alegria
Tentando ver meus sonhos cancelados
Lázaro ouviu a Sua voz
Quando aquela pedra removeu
Depois de quatro dias ele reviveu
Mestre, não há outro que possa fazer
Aquilo que só o Teu nome tem todo poder
Eu preciso tanto de um milagre

(Refrão)
Remove a minha pedra
Me chama pelo nome
Muda a minha história
Ressuscita os meus sonhos
Transforma a minha vida
Me faz um milagre
Me toca nessa hora
Me chama para fora
Ressuscita-me

Mestre, eu preciso de um milagre
Transforma minha vida meu estado
Faz tempo que eu não vejo a luz do dia
Estão tentando sepultar minha alegria
Tentando ver meus sonhos cancelados
Lázaro ouviu a Sua voz
Quando aquela pedra removeu
Depois de quatro dias ele reviveu
Mestre, não há outro que possa fazer
Aquilo que só o Teu nome tem todo poder
Eu preciso tanto de um milagre

(Refrão)

Tu És a própria vida
A força que há em mim
Tu És o filho de Deus
Que me ergue pra vencer
Senhor de tudo em mim
Já ouço a Tua voz
Me chamando pra viver
Uma história de poder

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

SETE ANOS DE PASTOR - Luiz de Camões

Sete anos de pastor Jacó servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;
mas não servia ao pai, servia a ela, 
e a ela só por prêmio pretendia.

Os dias, na esperança de um só dia,
passava, contentando-se com vê-la;
porém o pai, usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe dava Lia.

Vendo o triste pastor que com enganos
lhe fora assi negada a sua pastora,
como se a não tivera merecida;

começa de servir outros sete anos,
dizendo: - Mais servira, se não fora 
pera tão longo amor tão curta a vida.

(Gênesis capítulo 29) 
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