quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SERÍAMOS POIS INJUSTIÇADOS?

Texto de Inajá Martins de Almeida


Será correto todo tempo buscarmos justificar nossos atos? Não será suficiente saber que para Deus todas as coisas foram feitas? Que nEle somos selados? Que nenhuma condenação há para quem está com Ele?

Temos motivos para nos sentir injustiçados? Somos confiáveis, quando é o próprio Deus que diz não acreditar nem nos seus santos? Bem! Vejamos!

Não fora Abel injustiçado ao ser morto pelo próprio irmão Caim? Esaú, aparentemente, injustiçado ao entregar a benção a seu irmão Jacó, em troca de um prato de lentilhas? O próprio Jacó não fora enganado pelo sogro na noite de núpcias? A amada dos seus sonhos –  Raquel –  não lhe é entregue e sim sua irmã Lea. Podemos imaginar que situação embaraçosa?

Parece que a lista cresce. José, filho amado de Jacó, é lançado numa vala profunda por causa do ciúme dos irmãos, depois vendido como escravo a terras estranhas. Daniel é obrigado a entrar na cova com leões famintos.

Não fora o profeta Elias ante o perigo iminente de ser morto por Jesabel, refugiar-se numa caverna? O que dizer então de Neemias, o copeiro do rei, o grande reconstrutor dos muros de Jerusalém. Não era constantemente convidado a interromper sua obra para dialogar com seus oponentes Sambalate e Tobias? Não encontramos Jeremias a lamentar ao Senhor a insolência dos seus inimigos?

O que dizer então de Paulo. Açoitado, humilhado, lançado em celas. Pedro colocado em cadeia, com grilhões e escoltas. João na ilha de Patmos. Jesus  questionado ante Herodes: - “Tu és rei?”

E nós? Temos argumentos profundos para cobrar justiça? Não somos sabedores que a justiça somente vem de Deus – nosso justo juiz? Porque queremos então ser juízes de nossos semelhantes ao nos sentir injustiçados? Juízes de nós próprios, quantas vezes.

Pedro tinha uma causa – Jesus. A causa era boa por demais. Tinha também oração incessante vinda dos amigos. Podemos também nos lembrar do apóstolo Paulo a dizer que o morrer era lucro e o viver somente para Cristo. Julgavam-se injustiçados? Percebemos que não. Tinham uma causa. Olhavam para o alto. Sabiam que era de lá que o socorro iminente viria. Conheciam o caminho de volta ao lar. Tinham a convicção de serem estrangeiros em terras estranhas.

O salmista também sabia que Deus era seu refúgio e sua fortaleza. Seu socorro iminente nas aflições (Sl 46). Olhava então para os montes (Sl 121). Não se preocupava com os maus. Confiava no Senhor (SL 37). Era profundo conhecedor das contendas ao seu redor, entretanto,  tranquilizava sua alma em Deus (Sl 55).   

Não seria esta uma afronta e injustiça maior sofrida por Davi, quando clama: "mas eras tu, homem como eu, meu companheiro e meu amigo íntimo. Com quem eu convivia tranquilamente e andávamos em companhia na casa de Deus?". Era Saul, a quem amava, que o queria morto.  Mas a convicção no Senhor era sua fonte maior. Era Deus que o sustentava e jamais permitiria um justo ser abalado (Sl 55).

Pensando bem... O que é que justifica tanta coisa sem saiba em nossa vida? Tanta questão para encontrar resposta? Ainda questionamos o sermos injustiçados? Felizes somos se o formos  por causa do Nome que é soberano sobre todo nome.



Pensando bem.  – Jota Neto

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